terça-feira, 19 de maio de 2009

Erwartung por James Leine


Esta é a minha psotagem No. 100 !!!! (Oh!!!!!!!!!!), e eu vou postar com Schoenberg. É isso aí, vamos dar uma pausa da música tonal, para pularmos para o extremismo de SChoenberg. A música de Erwartung é pesada, mas saborosa. Você tem nesta [opera que é um monologo musical, toda uma música pesada que as vezes se torna tão sublime. A orquestra não é das maiores, mas tem parecer grandiosa quendo nescessário. A ópera dura uns 30 minutos, mas é um papel que poucas sopranos já toparam, por que? As exigencias interpretativas exigem uma soprno a lá Ewing ou Stratas, daquelas que nem tem a melhor voz, mas são literalmente grandes atrizes, elas não tem um timbre de voz mto definida cantam Salome à Carmen, mas interpretão melhor do que cantam. Mas as exigencias vocais exigem uma soprano dramático, com uma boa potencia, pronuncia do alemão impecável, além de uma voz com um timbre bem vaíável. Neste contexto é obvio que a soprano Jessye Norman seria uma escolha certeira para esta ópera. Ela sempre mostrou-se uma das sopranos dramáticos mais eficasses de seu tempo, com a melhor pronuncia do alemão que uma americana já fez. Sua capaciade interpretativa é mto boa, msotra-se plena em Dido e Enéas, ou em Salomé. Norman já alegou que Erwartung foi o papel mais dificil de sua carreira.

Quem se juntaria depois a Norman como uma interprete do papel, mas sem tanta gloria como Norman seria a americana Alessandra Marc, que também é uma grande soprano, mas não chegou perto de Norman, ou de cantoras como Anja Silja ou Jane Martin.

A regencia de Levine não é tão interessante como a de um maestro especialista em música expressionista como Boulez, mas até que dá para o gasto. Levine sempre foi um prodpigio e as vezes parece que tudo que ele faz é ouro, mas quando fala-se em Schoenberg, Weber e Berg, ele não é dos maiores regentes, e talvez nbem tenha se preocupado com isto. Este talvez seja o único ponto baixo desta gravação a regencia + ou - de Levine, já que quando se fala de Schoenberg um [otimo regente é essencial. Mas gente não quer dizer que Levine seja um regente ruim, em outros geberos sua regencia energica é maravilhosa (Hoslt por exemplo), mas nesta gravação ele podia ter deixado outro cara para reger...

Outra coisa interessante é que Levine sempre teve um ótimo trabalh0 com Jessye Norman e esta gravção esta bem colocada para quem gosta da dupla.

Na regencia dos lieder, ele mostra-se outra pessoa, e ela também, com uma qualidade incrível.


Só consegui o texto traduzido de Erwartung, mas já é legal ter noção do libreto. E compara-lo com a evolução da música em que Norman canta, tá aí:


ivo barroso
erwartung

A esperança é o desespero de quem espera...Esperar... esperar...A espera cansa...E quando chega o instante em que se mudaa longa expectativa em sólida evidência;quando a sombra se esvai e os dedos tocamnão mais a treva mas a carne fria,o corpo morto...– Aí então em sonolência a sombra descee em noite se desfaz a luz do dia.O bosque da esperança, as árvores do sonho,os longos ramos da suposição,as flores de um suposto encontroou reencontro,a volta ao tempo que, irremediável, passou... (passou, e nada há de fazer com que ele volteou que retorne ao que já fora antes)...– Tudo então se desfaz nessa ilusão que morre,e nada resta a quem esperasenão morrer também com o sonho mortoou – mais difícil – admitir que um sonho,por mais belo que seja, também morre,também pode morrer...Eu sou o amor que essa mulher procurano bosque desta vida.Eu fui o seu amor... Comigo teveum sonho que viveu um dia e quer agoranovamente viver – sabendo-o morto. Ela também foi meu amor, confesso,e lamento que a tenha abandonado. Tudo entre nós parecia feito para durar por toda a eternidade...Mas de súbito,na noite que chegava pela longa estrada...a lua pálida... as nuvens... a sombra da asa negra de um pássaro contra o céu de estanho... – eu vi os braços brancos da mulher que estavapela força dos astros destinada a mim.Seus gestos me chamavam como o vento nas velas de um navio, impelindo-o para o mar aberto... o desconhecido... a sonhada visão de uma ilha perdida.Passava o dia ao lado desta pobre mulher que ainda me procura;meu hálito acariciava suas faces... a mão os seus cabelos... a boca atormentada buscava na ilusão a sua boca...Mas quando vinha a noite, a sombra, a lua, quando a feiticeira de pálidos braços me acenava, era como se a morte visitasse meu corpo e, frio, ali ao seu lado, só meu cérebro ardia de paixão e fuga...Até que um dia a branca visão veio entregar-me a mortalha cruel do desafeto em que devia... envolver... o amor antigo. O amor que morre é sem retorno.Não se recompõe a luz que se dissolve em sombras.Não há como deter os pés do Tempo,arrancar as asas das horas,calar a boca voraz dos minutos.A vida é uma sucessão de enganos que tomamos por acertos. Mas tão grande era aquele amor que nos unia,o amor que sempre ela teve por mim e que eu lhe tinha... que... Será tudo ilusão? Os olhos vêem? Estamos realmente vivosou o sonho se prolonga pelo espaço de uma vida?O amor que morre é sem retorno.Não se recompõe a luz que se dissolve em sombra.Há um ano eu lhe tomava a mão pela primeira veze ela sentiu que nunca havia amadoninguém antes de mim tão fortemente...Há três dias que saí de casa e sei que por três diasela esperou segura a minha volta...E não voltei...Já não posso mentir para mim mesmo.Ela sabe que outra mulher desperta agoracarinhos, beijos, atenções, cuidadosque foram seus...Ela sabe...Mas mesmo assim me espera, numa expectativanão mais tranqüila e sedentária,mas numa esperança que se desespera.Nesse desespero de quem vai em busca,parte à procura e, mendigando, indaga:Onde estaria?Um desastre? Um equívoco? Um descaminho?Onde estará? – pergunta onde estarei,não querendo admitir que para elaeu já esteja morto sem que tenha havidoo embarque fatal para o Desconhecido.***Ei-la que chega ao bosque emaranhadodas boas intenções e amargos desenganos desta vida.Vem à minha procura...As árvores... os galhos... as sombras... as suspeitas...tateia tudo com indecisão...Qualquer ruído a assusta... o som do vento na folhagem...a luz da lua pálida... “ali sozinha...num sonho sem limites e sem cores... pois seu limiteera o lugar onde eu estava... e todas as cores deste mundo brilhavam nos meus olhos”...Grande é a responsabilidade de quem ama;inda maior a de quem é amado.Eu poderia viver se ela admitisse que eu morri,mas em seu coração apunhaladogoteja a esperança, a esperança de que eu esteja vivo,de que seu sonho morto esteja vivo.Ah, dói-me a crueldade. Tremi quando afogueio amor antigo, o sonho juntoque por um tempo sonhamos acordados.Mas que fazer? O amor é uma desgraça que se disfarça de bem. Um malefício mascarado de bênção.Uma tortura fantasiada de prazer. Uma bebida mortal que ingerimos com a volúpia de quem faz um brinde. Um equívoco que é a razão de todo acerto desta vida. Choro por ela, por nós dois. Mas impossível será fechar meu peito àqueles braços brancos que tão tarde, e tão extemporâneos se abriram para mim. Àqueles olhos que me indicam não o rumo que sonhei mas todos os caminhos que não ousei sonhar. Àquela testa luminosa de licorne na orla da floresta. Àquela voz que me sussurra: “Este amor é inelutável. Um desígnio dos astros.Quando ainda éramos pó ou pedra dos caminhos, há milhares de anos, um vento soprou do Além para juntar-nos. Alguém nos astros traçou nosso destino”.Como dizer tudo isto a essa mulher que ainda me procura perdida à noite numa selva escura? Sei que meu beijo é para ela como um farol na escuridão. Mas ao seu lado eu estaria na treva e vejo a luz em outra direção.Que não me veja... Que me sinta e me toque como se eu fosse um tronco morto. Que eu próprio esteja morto como o sonho que morreu... Minha esperança é de que ela entenda e saia deste bosque em busca de outro sonho, que o encontre em glória como encontrei o meu.

Este poema foi composto como uma tradução do original em alemão, e que foi usado no TMdo RJ para não usaarem legendas...



Coloquei um quadro de Georg Baselitz, por que eu acho que ele se parece m pouco (não mto) com o clima tenso da ópra de Schoenberg.

1 -9. Erwartung, Op.17

10. Cabaret Songs for voice & chamber orchestra - Galathea

11. Cabaret Songs for voice & chamber orchestra - Gigerlette

12. Cabaret Songs for voice & chamber orchestra - Der genügsame Liebhaber

13. Cabaret Songs for voice & chamber orchestra - Einfältiges Lied

14. Cabaret Songs for voice & chamber orchestra - Mahnung

15. Cabaret Songs for voice & chamber orchestra - Jedem das seine

16. Cabaret Songs for voice & chamber orchestra - Seit ich so viel Weiber sah
17. Cabaret Songs for voice & chamber orchestra - Nachtwandler



Jessye Norman

Met Opera Orchestra

James Levine

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