terça-feira, 16 de dezembro de 2008

SALOMÉ Goltz, Patzak, com regência de Krauss


Há inumeros motivos para esta gravação ser considerada a referência para a ópera de Strauss, como por exemplo a amizade entre Krauss (o regente) e Strauss; ou ainda a data em que foi gravada; além que Salomé foi um dos principais, se não o maior papel de Goltz. Mas nada disso fez com que esta gravação da Decca fosse a melhor...

Poderiamos dizer que esta não é a melhor gravação primeiro pela qualidade de captação de som, ainda era mono, e o microfone favorece algumas partes da orquestra, atrapalhando na sesualidade da ópera. Além disto, a ópera foi gravada num período em que muitas interpretes maravilhosas de Salomé atuavam (Varnay por exemplo).
Não quero dizer que isto foi um fracasso total, ao contrário, é intesamente incrível o trabalho feito pelos tenores Julius Patzak e Anton Dermota, mesmo que falta intesidade no João Batista de Hans Braun, e Magareta Kenney não está em sua elhor performace.
A salomé de Goltz, é um caso a parte, tem uma voz escura, pouco metálica e com um vibrato já mais forte, as vezes a sensualidade some em nome da determinação que Goltz quer representar. Sua voz consegue ser cativante nos trechos como a sedução de Narraborth, e ser apaixonada no seu duo com João Batista. Mas em sua primeira aparição sua voz é pouco sensual.
Hans Braun buscou em seu João Batista, algo que bão deveria, dar um lírismo ao papel, que atrapalha, parece que ele é um tenor e não um barítono. João Batista é viríl, forte e não lírico. Já no caso de Julius Patzak, ele está em sua melhor performace, sua voz se mostra sedenta por Salomé, e muito maliciosa.
Anton Dermota se torna um grande Narraborth com o lirismo mozartiano de sua voz. Ele se mostra apaixonado. Ao contrário da Herodias de Margareta Kenney, que é mediocre.
Num panorama geral a VPO é um show na ópera, e a gravação é muito gratificante, creio que ela é a gravação que mostra a derterminação de Salomé da melhor forma.

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