Esta gravação é fruto de uma récita da ópera em 1997. Nela há uma montagem de figurinos meio confusa, guardas mongóis, judeus como se estivessem no séc. XIX e um João Batista com uma "toga" azul escura, dentre muitas exentricidades... Na coreográfia da dança dos sete véus, foi estranha, mas mais feliz que na primeira gravação em vídeo de Salomé feita por Malfitano, em que além de muito mal coreográfado tinha um fim com uma nudez desnecessária.
A cenografia é um pátio bem estranho, com uma vista da lua por uma janela veneziana, e uma cisterna estranha para João Batista. Enfim, não foi uma montagem tradicional. Agora iremos falar sobre a orquestra do Coinvent Garden, que é sem dúvida inquestionável, já a regencia de Christoph Dohnanyi é um pouco, mas nada qua atrapalhe o espetáculo, só que se o George Solti ainda tivesse vivo seria bem melhor...
Catherine Malfitano, esta mulher tem um timbre de voz lírico dramático, mas com uma voz cheia de "quebras" como se não conseguise manter uma linha de voz fluente tipo Teresa Stratas ou Hildgard Behrens, sua voz ganha um vibrato forte toda vez que khá uma nota "crescendo". Catherine Malfitano tem uma entrada que fica pesada para sua voz, seu "Ich nicht bleiben!" é pesado, não demostra nenhuma sensualidade, muito menos jovialidade. Com o decorrer da ópera Malfithano começa adquirir uma interpretação de uma mulher obstinada, e mais sensual, mas ela é uma mulher, e não uma adolecente como Salomé deveria ser. ´
Bry Terfel é um João Batista másculo desdo começo da ópera, e cada vez mais cresce em su voz uma potencia incrível, ele se torna talvez o melhor João Batista da década de 90 e 2000, sua interpretação é séria, e sua precsença cênica impactante. Sua voz tem tons graves que a maioria dos barítonos, por isto sua interpretação é memorável.
Kenneth Riegel faz o papel de um Herodes gordo e pevertido, como na maioria das montagens, sua voz fica "ardida" e ás vezes mais recitada que cantada, não fica com um lírismo nescessário. Ainda há uma pronuncia exagerada, mas não tão boa do alemão. Sua precença cênica é muito interessante, mas por várias vezes dispnsável. Sua voz adquire cada vez mais um jeito de recitação, mas sempre mostrando uma malícia e desejo absurda, mas nescessária para o papel.
Anja Silja é um Herodias estranha, sua voz se encaixa muito bem ao papel, mas ela tem sempre uma postura ereta, e fica "paseando" pelo palco durante a dança dos sete véus, com uma taça de vinho, mesmo que na ópera inteira ela fica como se estivesse sobrando, e o cenografo não valorizou seu personagem da forma que deveria. Mas em termos vocais, Anja Silja que já foi uma Salomé tem uma interpretação agressiva e sem muita potência, agressiva que eu digo em sentido de agredir Herodes, e não o ouvinte. Sua voz já é de uma meio-soprano.
Por fim Robert Gambil é um Narraborth apaixonada, mas com uma voz muito dramática e pouco lírica. Sua interpretação preza pela sua paixão por Salomé, o que realmente importa neste papel.
Podemos dizer que esta gravação para vídeo, é interessante para os quiserem ouvir e ver Bry Terfel e Malfitano, que são interressantes interpretes.
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