domingo, 1 de março de 2009

A imortalização dos artistas do passado

hoje em dia os poucos amantes de ópera tem um sério problema. Eu creio que nós imortalizamos algumas coisas e nos tornamos fechados de tal forma que o genero erudito irá morrer por sua propria culpa. Nós criamos padrôes a interpretação da arte de tal forma que não importa quantas montagens das óperas de R. Wagner forem com formas conteoporaneas, que consiguiremos quebrar este tabu. Considera-se hoje que um interprete não tem mais uma indentidade, ele tem que ser proximo a uma referencia, o que é uma prisão da expressão artística. A este assunto é mais forte para interpretes de Wagner. Birgit Nilsson é considerada talveza maior interprete de Brunnhilde, e é uma cantora maravilhosa, mas não é por isto que temos que compara-la a interpretalção de Linda Gaasten, e dierque a segunda é inferior por não ter o "tchan" que Nilsson tem! (vai te catar!) Nilsson é maravilhosa só que por ser tão boa sua interpretação creio que as pessoas fecham os olhos e vem o papel de Brunnhilde como Nilsson via e não como Linda Gaasten vê, esta por sua vez tenta moldar sua Brunnhilde aos padrões de Nilsson, o que quebra seu imenso talento.

Isto não vale a todos os interpretes, claro! Nem todos os ouvintes tem esta visão, tanto que no Orkut esta história é muito mais confusa. Mas vamos lá, eu por exemplo acho um absurdo esta ideia de uma 'gravação referencia' em que esta é inquestionável e se torna uma versão eterna da ópera. Como nos podemos ter uma referencia se sempre a visão do cantor muda, nunca mais depois de Callas teremos uma traviata que faça igual ela sua visão da personagem, mas mesmo assim não quer dizer que ela é referencia, nem Netrebko, nem Cotrubas. Em Wagner, a voz de Christa Ludwig imortaliza sua aparição no duo de amor de Isolda e Tristão, quando Ludwig como Branja os alerta do perigo, mas eu creio que a soprano Violeta Uramana tem uma visão tanto de Isolda, mas principalmente d Branja tão mais interessante, que se torna mais romantico ouvir apenas um trecho da ópera gravado num Cd da EMI (Wagner LOve Duets com Voigt e Domingo) a ouvir a aparisão de Ludwig com Karajan.

Falando sobre Karajan, ele é um cara muito legal com interpretações muito interessantes, só que ele conseguiu o mesmo efeito Nilsson, tudo que ele faz é bom, o dos outros é mais-ou-menos... Isto me incomoda por que eu creio que há hoje maestros tão bons quanbton Karajan, só que com visões totalmente diferentes da de Karajan, que tem que alterar sua visão para se aproximar de um "referencial Karajan". Por exemplo eu ouvi "O castelo do Barba-Azul" com regencia deRodrigo Carvalho, ele demorou um pouco mais que Solti, ou Kertesz, mas creio que as vozes de Céline Imbert e Brok foram maravilhosas é potentes, conseguindo mostrar a raiva, dor, curiosiade de forma intensa para os dias atuais. Quando Céline Imbert chega ao seu auge de fúria, no final, antes de abrir a sétima porta, a interpretação de Carvalho é difernte da de Solti, e consegue captar a raiva de uma forma tão diferente que me impressionou.

Creio que devemos quebrar este ideal de referencial na ópera, sem perder a beleza das interpretações do passado, mas também não devemos ficar somente presos a estes, nem as óperas do jeito que eram tocadas em 1960. Além que devemos abrir a mente a novas óperas, algumas são péssimas, mas outras são maravilhosas, mas deafiam tanto o padrão de ouvinte de hoje que é renegada.

é somente isto que eu queria dizer, sem que pessoas se ofendam, por favor. E comentem se eu estiver errado.

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