segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Salome - Hildegard Behrens, José Vam Dam, Karl-Walter Bohm, Agnes Baltsa, Herbert Von Karajan

O papel de Salomé é mto amplo, pode ser cantado por soprano dramáticos pesados, como Nilsson, Marton... Até uma soprano lírico como Malfitano. Em um papel tão amplo, o grande Karajan preferiu se manter no timbre em que o papel foi composto, para uma soprano nos termos de R. Wagner, chamando então a soprano Hildegard Behrens, em sua perfeita forma vocal, aos quarenta anos. Behrens, era nova, e sua voz em poucois momentos fica pesada para o papel. Behrens é adepta em uma linguagem de um pianissímo, assim mantem a sensualidade sem parecer que sua voz pesa. Em sua entrada, Ich nitch bleiben ela inova, sendo altamente suave, e além do mais jovial, ela consegue parecer leve, o que lhe sustenta até o fim com seu duo com João Batista.

Falando em João Batista, José Vam Dam é um dos melhores existentes na época foi outra escolha de Karajan, o barítono tem uma voz sagrada, e mantem sempre sua virilidade até o último momento. Sua interpretação manten-se numa linha, em que João Batista é sagrado. Vam Dam, consegue se enquadar junto a outros barítonos (Sherill Milnes, Bry Terfel, por exemplo) como melhores João Batistas, mesmo que eu considero que o melhor de todos é Bry Terfel.

Junto a eles temo também a fsamosa meio-soprano Agnes Baltsa, que mostra-se um pouco imatura para o papel, não que não seja admirável sua Herodias, ao contráio é um das interessantes, pois, Baltsa, ainda era uma cantora com trinta e quatro anos, e não era dotada de toda experiencia de palco, mas consegue ser convincente em alguns momentos. Podemos dizer que a Herodias de Baltsa, soa-se imatura, pois a maioria das interpretes de Herodias, são sopranos em fim de carreira, ou meio-sopranos experientes, mas Baltsa já tinha impressionado mta gente, mas era mto melhor como Octavian, Carmen, Centronella... do que como Herodias. Creio que se ela gravasse com a voz que possui hoje e mostrou no maggio di firenze em Elektra, Baltsa seria mais exuberante que na época.

O tenor Karl-Walter Bohm, não é dotado das maiores timbres, mas consegue se tornar um homem velho e pevertido durante sua aparição na ópera, mesmo que eu creio que ele poderia ser melhor...

A regencia de Karajan sobre a filarmonica de Viena, é brilhante, sensual e explora todos os sons que a orquestra produz nesta obra, que busca um certo "gigantismo", mesmo sem possuir a mesma orquestra que a de Elektra. Ele faz uma forma sensual, expressiva, e sempro com os tempos indo de forma suave e sublime. Mesmo assim ele adquire vigor em momentos de maior tensão.

Enfim está uma das melhores gravações que se tem no mercado. E além de ter fácil acesso para obtela, vale a pena tela em casa.

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